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PERIGOS NA ALIMENTAÇÃO

Alimentos amados pelos brasileiros afetam coração e esperma, diz estudo

Brasil tem grande quantidade de consumidores dos ultraprocessados, apontados como vilões da saúde metabólica e reprodutiva

Luiz Almeida

Por Luiz Almeida

05/09/2025 - 14:48 h
Alimentos aumentam o risco de doenças
Alimentos aumentam o risco de doenças -

Um estudo inédito da Universidade de Copenhague (Dinamarca) mostrou que nem todas as calorias são iguais. Homens jovens que seguiram uma dieta rica em alimentos ultraprocessados ganharam mais gordura corporal e tiveram alterações hormonais.

De acordo com o estudo, essa alteração ocorre até consumindo a mesma quantidade de calorias que em uma dieta baseada em alimentos naturais.

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O grande problema é que o estudo fala muito sobre uma alimentação que envolve consumo de salsicha, macarrão instantâneo, biscoitos recheados e refrigerantes. Todos eles são muito presentes na mesa dos brasileiros.

Os resultados da pesquisa foram publicados nas últimas semanas na revista científica Cell Metabolism e acendem um alerta para os efeitos silenciosos dos ultraprocessados no organismo.

O experimento sobre ultraprocessados

Os cientistas recrutaram 43 homens entre 20 e 35 anos. Cada voluntário passou três semanas em uma dieta composta apenas por ultraprocessados e outras três em uma dieta com alimentos in natura, com intervalo de três meses entre as fases.

Apesar de ambas as dietas conterem a mesma quantidade de calorias, proteínas, carboidratos e gorduras, o efeito foi evidente: em média, os participantes ganharam 1 quilo a mais de gordura corporal durante o período de ultraprocessados. Além disso, houve piora em indicadores de saúde cardiovascular.

Alterações hormonais e risco à fertilidade

O estudo revelou ainda aumento nos níveis de cxMINP, um tipo de ftalato, substância usada na fabricação de plásticos, associada à desregulação hormonal. Esse composto pertence ao grupo dos disruptores endócrinos, que podem interferir diretamente na ação dos hormônios.

Nos voluntários, a presença elevada de ftalatos na urina foi acompanhada de queda nos níveis de testosterona e do hormônio folículo-estimulante (FSH), ambos essenciais para a produção de espermatozoides.

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Pesquisas anteriores já haviam apontado relação entre a exposição a ftalatos e a redução da qualidade do sêmen, alterações na fertilidade, obesidade e doenças cardiovasculares.

A novidade, segundo os cientistas, é que agora esses efeitos foram comprovados em um estudo controlado com dieta humana.

“Ficamos surpresos com a quantidade de funções do corpo que foram afetadas por esses alimentos, mesmo em homens jovens e saudáveis. As implicações de longo prazo são alarmantes e indicam a necessidade de revisar as diretrizes nutricionais”, afirmou o professor Romain Barrès, autor sênior do estudo.

De acordo com os pesquisadores, os danos causados pelos ultraprocessados não se restringem ao excesso de calorias. O próprio processo industrial, que envolve aditivos, embalagens plásticas e transformações químicas, pode comprometer a saúde.

“Nossos resultados provam que os ultraprocessados prejudicam a saúde metabólica e reprodutiva, mesmo quando não são consumidos em excesso”, destacou Jessica Preston, autora principal do trabalho.

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Tags:

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