RIO DE JANEIRO
Paciente já recebeu falso positivo de HIV em laboratório interditado
Sócios fecharam um acordo de R$ 20 mil com paciente depois de não conseguirem reverter sentença
Por Da Redação
Os donos do laboratório PCS Lab Saleme, interditado no caso dos transplantes contaminados com HIV, já foram condenados por causa de um resultado errado de um teste de HIV, na unidade de Belford Roxo (RJ).
Sócios do laboratório fecharam um acordo de R$ 20 mil com a paciente depois de não conseguirem reverter a sentença em segunda instância. O acordo foi feito em julho de 2023.
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A vítima foi uma recepcionista, aos 44 anos, que realizou exames pré-operatórios no laboratório em junho de 2010. Quando ela foi ver o resultado, foi surpreendida com um resultado positivo para HIV.
Segundo o processo do caso, que tramitou no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), a recepcionista ficou cerca de 2 meses achando que tinha sido infectada com HIV, mas quando foi realizar novos exames em outros laboratórios, descobriu que houve um engano. Ela era negativa para o Vírus da Imunodeficiência Humana.
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Durante a demora de mais de uma década até o fim do processo, os sócios da PCS Lab usaram de diferentes estratégias para não serem condenados por dano moral. Eles alegaram que seria necessário um segundo exame para confirmar o diagnóstico de HIV e que a paciente não deveria ter considerado o primeiro resultado como definitivo.
Além disso, os donos do laboratório tentaram incluir a Prefeitura de Belford Roxo, que havia contratado o serviço do teste, como responsável pelo caso, o que não foi aceito pelo judiciário.
Na primeira sentença, o laboratório foi condenado a uma indenização de R$ 10 mil. Os sócios entraram com um recurso, mas a condenação foi confirmada. Eles então fizeram um acordo com a recepcionista de R$ 20 mil, mais R$ 2 mil por gastos com advogados. O acordo foi assinado em julho do ano passado.
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