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Fim da moqueca? Tilápia e camarão podem deixar de ser vendidos no Brasil

Setor teme impactos econômicos e perda de empregos

Iarla Queiroz

Por Iarla Queiroz

27/10/2025 - 18:25 h
Proposta sobre espécies invasoras divide ambientalistas e produtores
Proposta sobre espécies invasoras divide ambientalistas e produtores -

Uma nova polêmica tem movimentado o setor de produção de alimentos no país. A Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) avalia incluir a tilápia, principal peixe cultivado e consumido no Brasil, na Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras. A decisão será votada em 8 de novembro e já provoca um embate entre produtores, ambientalistas e representantes do agronegócio.

A proposta também menciona outras espécies de relevância econômica, como o camarão-vannamei, o eucalipto, o pinus e as variedades de braquiária usadas em pastagens. O texto, segundo a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), ampliaria significativamente a lista de organismos classificados como invasores no país.

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Espécie invasora ou pilar econômico?

De origem africana, a tilápia representa cerca de 68% da produção de peixes cultivados no Brasil, com cultivo autorizado e regulamentado pelo Ibama. Sua importância vai além do consumo: o peixe sustenta cadeias produtivas inteiras, que envolvem desde fábricas de ração e frigoríficos até exportações e empregos diretos em comunidades pesqueiras, especialmente nos estados do Paraná e de São Paulo.

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A possível reclassificação da espécie acendeu o alerta entre produtores e representantes do setor. Eles temem que a medida traga insegurança jurídica, afete o mercado e comprometa a renda de milhares de famílias.

Ambientalistas, por outro lado, argumentam que o tema não se trata apenas de economia, mas de preservação ecológica.

Debate entre economia e meio ambiente

O desafio central, segundo especialistas, é encontrar um equilíbrio entre proteção da biodiversidade e produção sustentável de alimentos. Caso seja confirmada a inclusão da tilápia na lista de espécies invasoras, o setor produtivo teme restrições futuras, que poderiam gerar desemprego, queda na produção e impactos na segurança alimentar.

Críticos da proposta destacam que, apesar do risco ambiental, a piscicultura com tilápias é realizada em sistemas controlados, reduzindo as chances de fuga e proliferação em ambientes naturais.

O que diz o governo

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) esclareceu que não há planos de banir o cultivo da tilápia no Brasil, mas sim de adotar medidas preventivas para evitar que espécies exóticas causem danos ecológicos.

Essas ações devem incluir monitoramento ambiental e boas práticas de manejo, com foco em reduzir riscos de invasão biológica sem comprometer a produção. O objetivo é preservar os ecossistemas e, ao mesmo tempo, garantir a continuidade das atividades econômicas que dependem da tilápia e de outras espécies produtivas.diata. O objetivo é prevenir impactos ambientais sem prejudicar a economia do setor.

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Tags:

camarão moqueca tilápia

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