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Violência na Bahia cresceu. Ou pior, os assassinatos aumentaram

Publicado quinta-feira, 21 de abril de 2022 às 06:01 h | Atualizado em 21/04/2022, 06:08 | Autor: Levi Vasconcelos
Eliene Batista, a vice-prefeita que se foi aos 37 anos
Eliene Batista, a vice-prefeita que se foi aos 37 anos -

Você já viu que o foco dos ataques da oposição  a Rui Costa se concentra principalmente na área de segurança pública?

 Fácil entender. A oposição se baseia em pesquisas, um item no qual a gestão de Rui parece não ter sido boa.

Uma olhada nas estatísticas divulgadas no site da Secretaria de Segurança Pública da Bahia revela que o número de homicídios na Bahia cresceu no último ano. Foram  5.529 ano passado, 5.547 agora, 3,3% a mais, embora menor que em 2016, com 6017 casos, o recorde desde que a contagem começou a ser feita em 2014.

Uma ressalva: as mortes resultantes de confrontos entre criminosos e a polícia não entram aí. Mas em números absolutos a maior incidência foi Salvador, com 1.331 casos agora, contra 1.203, quase 10% a mais, embora o maior crescimento tenha sido em Teixeira de Freitas, com 35%: pulou de 66 em 2020 para 101 em 2021.

Lagoa Real —Mas para quem quer viver com a absoluta tranquilidade, a Bahia também tem espaço, como na pequena Lagoa Real, na região de Guanambi, em torno de 16 mil habitantes, muito festejada como Terra da Vaquejada. 

Ele é o único entre os 417 que desde 2014, quando tal contagem começou, não registrou um assassinato sequer. Outros cinco municípios registraram apenas um homicídio no período (Abaíra, Botuporã, Rio de Contas, Rio do Pires e Rio do Antônio) só registraram um.

No conjunto, ainda estamos a milhares de quilômetros de distância de países como a Islândia, 360 mil habitantes , apenas um assassinato ano passado. Se serve de alento, em 45 municípios baianos ano passado não registraram assassinatos.

Eliene, um dia de muita tristeza no Vale do Jiquiriçá

Eliene Batista, vereadora por dois mandatos, agora vice-prefeita e secretária de Saúde, enfermeira, casada, dois filhos, 37 anos e o tipo  sempre sorridente, de bem com a vida. Tudo rápido: dia 5 foi internada, anteontem morreu. Diagnóstico: leucemia promielocrica. Laje, o portal do Vale do Jiquiriçá, enlutou. O enterro seria às 15h, o corpo só chegou às 19h e foi às 22h20, após circular pela cidade num carro do Corpo de Bombeiros. Elielson Percata, o do quiosque, resumiu o sentimento:

— Ela teve a Covid duas vezes e sobreviveu. Laje não perdeu só uma filha querida. perdeu também uma futura prefeita, sem dúvida.

Porto Seguro faz festão pelo ‘nascimento’ do Brasil

Faz 522 anos amanhã que os portugueses chegaram aqui e esse território chamado Brasil nasceu. Vai ser um festão, também porque é ano eleitoral e Bolsonaro conta com as simpatias do prefeito Jânio Natal (PL).

Já é certo que a Esquadrilha da Fumaça fará uma apresentação. E talvez, segundo os seguidores do presidente lá, a motociata do descobrimento. 

Detalhe curioso:  dois anos atrás, quando lá esteve, Bolsonaro foi recepcionado pelo deputado federal João Carlos Bacelar e o então deputado estadual, e a médica Raíssa Soares, que acabou ganhando uma carga de cloroquina.

Amanhã o time que vai recepcioná-lo é o mesmo, com a diferença que agora Jânio é o prefeito.

Major Denice mira Brasília

Adhemar José Santos, de`Piatã, Salvador, nos pergunta: por onde anda a Major Denice (candidata a prefeita na capital pelo PT em 2018)?

Ocupa uma superintendência na Secretaria de Segurança Pública, mas também se coloca como pré-candidata a deputada federal pelo PT. Em 2020 ela teve 228.942 votos (18,6%) em Salvador, agora é hora de mostrar a farinha do saco.

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