FIEB celebra redução da taxa Selic para 13,25%
'Primeiro passo para a flexibilização da política monetária', afirmou a instituição
A Federação da Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) celebrou nesta quarta-feira, 2, a decisão dos integrantes da Comitê de Política Monetária (Copom) em reduzir a taxa básica de juros. De acordo com a FIEB, a medida "deve ser compreendida como o primeiro passo para a flexibilização da política monetária". Com a determinação, a taxa Selic passou de 13,75% para 13,25%.
A medida também foi celebrada pelos ministros do governo Lula (PT), nesta quarta.
A instituição ainda ressalta a importância de que seja mantido (ou mesmo ampliado) o ritmo de queda da Selic, para que os juros possam alcançar níveis compatíveis com a retomada do crescimento. A FIEB também destaca que, mesmo com essa decisão, os juros no Brasil continuam em patamares extremamente elevados (13,25%), com uma taxa real de quase 9%, uma das maiores do mundo.
"A decisão de reduzir a taxa de juros encontra respaldo nos recentes indicadores da economia, principalmente na queda acentuada da inflação, que, em 12 meses, está abaixo da meta para 2023 (em junho, o IPCA de 12 meses alcançou 3,16% e o teto da meta de inflação é de 4,75%). Entretanto, a manutenção de uma taxa Selic ainda elevada prejudica a retomada dos investimentos e a geração de empregos e renda que foram fortemente impactados nos últimos anos", diz a nota enviada pela Fieb.
Ainda segundo a instituição, a "economia brasileira trilha por um caminho de volta à normalidade, com a valorização da moeda nacional e estabilidade de preços. Ademais, o governo federal está consciente da necessidade de controlar as finanças públicas, algo sinalizado pelo projeto do “Arcabouço Fiscal”, que está prestes a ser aprovado, definitivamente, no Congresso Nacional, e mesmo pela recente melhora do rating do país por diferentes agências de classificação de risco".
Para a Fieb, "manter ou ampliar o ritmo de queda dos juros nas próximas reuniões é a decisão correta, uma vez que esse é o principal instrumento para destravar a economia, seja pela ampliação da demanda, seja pelo aumento dos investimentos", destaca.
Por fim, a instituição reafirma que "tem a convicção de que a decisão de reduzir incialmente a taxa de juros em 0,5 p.p é um sinal de que há espaço para maiores quedas da Selic nos próximos meses. Portanto, esperamos outros cortes de juros para que o processo de retomada do crescimento da economia seja consolidado", concluiu a nota.