CLIMA DE TENSÃO
Força Nacional prorroga atuação em região de conflito na Bahia
Corporação atuará junto à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai)
Por Anderson Ramos

O Ministério de Justiça e Segurança Pública prorrogou a atuação da Força Nacional no Extremo Sul da Bahia, onde está em ação desde abril. A região é palco de constantes conflitos agrários entre indígenas e donos de terras.
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Conforme publicação no Diário Oficial da União, a FN estará em terras baianas por mais 90 dias e atuará junto à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), na região das Terras Indígenas dos povos Pataxó e Pataxó Hã Hã Hãe, em apoio nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública.
Conforme o documento, o emprego da Força Nacional ocorrerá em articulação com os órgãos de segurança pública da Bahia, sob coordenação da Polícia Federal.
Tensão
No início de julho, um grande arsenal de armas e munições foram apreendidos no Território Indígena de Barra Velha, localizado no município de Porto Seguro, extremo sul da Bahia.
A operação aconteceu durante patrulhamento conjunto por equipes da Polícia Federal e da Força Nacional em uma área considerada sensível, devido a conflitos frequentes relacionados a disputas de terra.
Na abordagem, foram detidas quatro pessoas: dois adultos e dois adolescentes. Com o grupo, os agentes encontraram armas de fogo com numeração raspada, centenas de munições de diversos calibres, carregadores de alta capacidade e acessórios táticos.
Em operação deflagrada em março deste ano, a Polícia Civil prendeu dez pessoas acusadas de atuarem para "retomar" terras que pertenceriam aos seus ancestrais.
Conforme a corporação, os mandados cumpridos no âmbito da Operação Pacificar foram expedidos no curso de Inquéritos que investigam a ação de grupos de supostos indígenas armados que, a pretexto de estarem atuando em "retomadas" de territórios de seus ancestrais, agem com violência e grave ameaça contra trabalhadores e proprietários rurais, saqueando as produções agrícolas, mobiliários e veículos, além de restringir a liberdade das vítimas por períodos juridicamente relevantes.
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