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REPERCUSSÃO NACIONAL

Morte de Hyara Flor completa um ano: relembre o caso e as reviravoltas

A cigana Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, morreu há um ano após ser baleada no queixo, dentro da casa em que ela vivia com o marido

Por Da Redação

06/07/2024 - 8:00 h
O caso ganhou repercussão nacional e passou por diversas reviravoltas ao longo das investigações
O caso ganhou repercussão nacional e passou por diversas reviravoltas ao longo das investigações -

Completa um ano neste sábado, 6, a morte de Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, que fazia parte de uma comunidade cigana na cidade de Guaratinga, no extremo sul da Bahia. O caso ganhou repercussão nacional e passou por diversas reviravoltas ao longo das investigações.

O marido da vítima, um adolescente de 16 anos, foi indiciado pelo ato infracional análogo ao crime de feminicídio, após ter o perfil genético identificado na arma do crime pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). Há um mandado de busca e apreensão e internação contra o adolescente em aberto, no entanto, ele ainda não foi localizado.

Confira e relembre as principais acontecimentos sobre o caso:

Morte

Hyara Flor, de 14 anos, foi morta no dia 06 de julho de 2023, após ser baleada no queixo, dentro da casa em que ela vivia com o marido. A adolescente chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Municipal de Guaratinga.

Dentro da casa, foi encontrada uma pistola calibre 380, com dois carregadores e munições. Os objetos foram apreendidos e encaminhados à perícia.

A necropsia do corpo provou que o tiro fez com que a garota asfixiasse no próprio sangue, até a morte.

O crime aconteceu apenas 45 dias após o casamento de Hyara com outro adolescente, que assim como ela tinha 14 anos, e que também faz parte da comunidade cigana.

>> Caso Hyara Flor: delegada detalha investigação sobre morte da cigana

Marido suspeito

Asssim que Hyara morreu, as investigações apontaram que o marido dela, também adolescente, teria cometido o crime. A suspeita foi sustentada pelo pai de Hyara, que chegou a fazer acusações e ameaças contra o então genro, e ainda chegou a oferecer uma quantia de R$ 300 mil para quem o localizasse.

Hyara e seu então marido, um adolescente de 14 anos
Hyara e seu então marido, um adolescente de 14 anos | Foto: Reprodução

>> Polícia encontra esconderijo de suspeito de matar cigana de 14 anos

O marido de Hyara chegou a ser apreendido no dia 26 de julho, em Vitória, no Espírito Santo, pela suspeita de ter atirado contra ela, mas foi liberado após a conclusão do inquérito.

>> Vídeo: pai manda recado após apreensão de suspeito de matar sua filha

Reviravolta: tiro acidental

No dia 27 de julho, o pai do suspeito diz que outro filho efetuou tiro acidental. O cigano Amorim Júnior chegou a gravar um vídeo contando a versão de que o adolescente apreendido não teve culpa na morte, mas sim o irmão, uma criança que estava brincando com a arma e disparou de forma acidental.

Inquérito concluído

Após o pai do adolescente revelar informação, em agosto de 2023, cerca de um mês após a morte de Hyara, a Polícia Civil da Bahia concluiu o inquérito do caso, Na época, a investigação apontou que o disparo à queima roupa foi efetuado de forma acidental pelo cunhado da adolescente, uma criança de 9 anos.

>> Sogra será investigada por porte ilegal de arma e homicídio culposo

>> Justiça determina soltura do marido de Hyara Flor

Família contesta inquérito

No entanto, a família da vítima contestou e sustentou que a garota foi morta por vingança, já que um tio dela teria um relacionamento extraconjugal com a sogra da adolescente.

Os familiares da vítima chegaram a contratar um perito, que emitiu um parecer que contestava a versão apresentada pela Polícia Civil da Bahia.

Em março deste ano, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediu para que laudos referentes a perícias complementares realizadas pelo DPT, sobre o inquérito policial, fossem analisados. Na oportunidade, a Polícia Civil informou que tinha atendido ao pedido, e solicitado à Justiça uma medida cautelar de internação para o marido de Hyara Flor, em uma unidade socioeducativa.

Os investigadores consideraram que a medida era necessária para a conclusão da nova apuração e garantiria a integridade física do adolescente.

>> Ano de 2023 é marcado por violência a comunidades ciganas

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Tags:

comunidade cigana feminicídio investigação policial morte Hyara Flor reviravoltas no caso violência contra adolescentes

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