REPERCUSSÃO NACIONAL
Morte de Hyara Flor completa um ano: relembre o caso e as reviravoltas
A cigana Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, morreu há um ano após ser baleada no queixo, dentro da casa em que ela vivia com o marido
Por Da Redação
Completa um ano neste sábado, 6, a morte de Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, que fazia parte de uma comunidade cigana na cidade de Guaratinga, no extremo sul da Bahia. O caso ganhou repercussão nacional e passou por diversas reviravoltas ao longo das investigações.
O marido da vítima, um adolescente de 16 anos, foi indiciado pelo ato infracional análogo ao crime de feminicídio, após ter o perfil genético identificado na arma do crime pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). Há um mandado de busca e apreensão e internação contra o adolescente em aberto, no entanto, ele ainda não foi localizado.
Confira e relembre as principais acontecimentos sobre o caso:
Morte
Hyara Flor, de 14 anos, foi morta no dia 06 de julho de 2023, após ser baleada no queixo, dentro da casa em que ela vivia com o marido. A adolescente chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Municipal de Guaratinga.
Dentro da casa, foi encontrada uma pistola calibre 380, com dois carregadores e munições. Os objetos foram apreendidos e encaminhados à perícia.
A necropsia do corpo provou que o tiro fez com que a garota asfixiasse no próprio sangue, até a morte.
O crime aconteceu apenas 45 dias após o casamento de Hyara com outro adolescente, que assim como ela tinha 14 anos, e que também faz parte da comunidade cigana.
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Marido suspeito
Asssim que Hyara morreu, as investigações apontaram que o marido dela, também adolescente, teria cometido o crime. A suspeita foi sustentada pelo pai de Hyara, que chegou a fazer acusações e ameaças contra o então genro, e ainda chegou a oferecer uma quantia de R$ 300 mil para quem o localizasse.
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O marido de Hyara chegou a ser apreendido no dia 26 de julho, em Vitória, no Espírito Santo, pela suspeita de ter atirado contra ela, mas foi liberado após a conclusão do inquérito.
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Reviravolta: tiro acidental
No dia 27 de julho, o pai do suspeito diz que outro filho efetuou tiro acidental. O cigano Amorim Júnior chegou a gravar um vídeo contando a versão de que o adolescente apreendido não teve culpa na morte, mas sim o irmão, uma criança que estava brincando com a arma e disparou de forma acidental.
Inquérito concluído
Após o pai do adolescente revelar informação, em agosto de 2023, cerca de um mês após a morte de Hyara, a Polícia Civil da Bahia concluiu o inquérito do caso, Na época, a investigação apontou que o disparo à queima roupa foi efetuado de forma acidental pelo cunhado da adolescente, uma criança de 9 anos.
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Família contesta inquérito
No entanto, a família da vítima contestou e sustentou que a garota foi morta por vingança, já que um tio dela teria um relacionamento extraconjugal com a sogra da adolescente.
Os familiares da vítima chegaram a contratar um perito, que emitiu um parecer que contestava a versão apresentada pela Polícia Civil da Bahia.
Em março deste ano, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) pediu para que laudos referentes a perícias complementares realizadas pelo DPT, sobre o inquérito policial, fossem analisados. Na oportunidade, a Polícia Civil informou que tinha atendido ao pedido, e solicitado à Justiça uma medida cautelar de internação para o marido de Hyara Flor, em uma unidade socioeducativa.
Os investigadores consideraram que a medida era necessária para a conclusão da nova apuração e garantiria a integridade física do adolescente.
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