"A gente não escolhe quem vai enfrentar", diz Zé Neto sobre oponentes | A TARDE
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"A gente não escolhe quem vai enfrentar", diz Zé Neto sobre oponentes

Disputando com Pablo Roberto (PSDB), o petista afirma que vê possibilidade de diálogo com o tucano

Publicado quarta-feira, 11 de outubro de 2023 às 17:02 h | Autor: Gabriela Araújo e Lula Bonfim
Pré-candidato à prefeitura de Feira de Santana, deputado federal Zé Neto (PT)
Pré-candidato à prefeitura de Feira de Santana, deputado federal Zé Neto (PT) -

Pré-candidato à Prefeitura de Feira de Santana, o deputado federal Zé Neto (PT) evitou cravar com quem gostaria de disputar a cadeira do Executivo da Princesinha do Sertão, em 2024, mas ressaltou que buscará o diálogo na cidade para fortalecer a sua candidatura.

Com dois nomes no páreo, sendo o deputado estadual Pablo Roberto (PSDB) e o pretenso candidato, o ex-prefeito Zé Ronaldo (UB), que, até o momento, não oficializou a candidatura, o petista fez uma breve avaliação sobre os seus adversários. Para o parlamentar, há chances de uma abertura de diálogo com o tucano, em virtude de uma relação histórica com membros governistas.

“A gente não escolhe quem vai enfrentar. Com Pablo, ainda tem uma porta aberta para diálogo. Ele tem uma relação histórica inclusive com algumas pessoas que estão do nosso lado. Não tem problema discutir com ele. Agora, é óbvio que ele tem que sair de lá [grupo de Zé Ronaldo e Colbert Martins Filho]. Para ele vir dialogar conosco, buscar um caminho de aliança com a base do governo [Jerônimo], ele tem que sair de onde ele está. [...]”, disse ao portal A TARDE, nesta quarta-feira, 11.

O deputado federal ainda voltou a criticar a atual gestão do município, comandada pelo prefeito Colbert Martins (MDB). Segundo Zé Neto, atualmente, a cidade passa por uma série de crises em todos os setores.

“Feira de Santana está isolada, passando a maior crise, do ponto de vista fiscal, financeiro e estrutural. E a gente vê a situação de Feira cada dia pior. Não vou escolher quem enfrentar, mas vou buscar dialogar com os setores todos, encontrar um caminho que possa inovar, renovar os ares da cidade, ampliar diálogos e criar situações que, de fato, tirem Feira do caos que hoje está, na Saúde, na Educação, em quase todas as áreas”.

O petista, que tenta desde 1996, ser condecorado prefeito da cidade, inclusive, sendo derrotado três vezes pelo ex-prefeito Zé Ronaldo (UB), relembrou o cenário político do período e classificou os anos de 2012 e 2016 como os mais "difíceis" no quesito viabilidade eleitoral.

“Eu enfrentei eleições em Feira em situações muito difíceis. Especialmente em 2012 e 2016. Em 2012, a gente tinha 12 candidatos a vereador. Em 2016, a gente chegou a ter 19 candidatos a vereador, com muita dificuldade. Em 2020, nós tivemos mais de 120 candidatos a vereadores, para vocês terem noção de como foi difícil construir ao longo do tempo um processo de confiança com a cidade”, ressaltou.

O pré-candidato ainda considerou derrota em 2016, como “toma-lá-dá-cá”, isto é, um tipo de relação de poder em que ações políticas e decisões são tomadas em troca de favores, promovida pelo seu adversário, à época, Zé Ronaldo (UB). 

“Ganhamos o primeiro turno [em 2016]. Na política, nós ganhamos a eleição. Perdemos no segundo turno para a malandragem, o toma-lá-dá-cá, o fisiologismo. Inclusive, quem comandou isso exatamente foi o ex-prefeito [Zé Ronaldo], com distribuição de cestas básicas, distribuição de empregos, fisiologismo de toda ordem e outras coisas mais”, analisou o deputado federal. 

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