TEMOR?
Vereador cogita deixar partido após federação União Brasil-PP
Cauteloso, o edil disse: "Se abrir janela [partidária], eu posso sair"
Por Gabriela Araújo

A fusão entre o partido Progressista e União Brasil, o novo União Progressista, oficializada nesta terça-feira, 29, ainda não caiu nas graças dos vereadores de Salvador.
Cauteloso, o recém-chegado à Câmara Municipal de Salvador (CMS), Jorge Araújo, diz que ainda deve entender os impactos da federação a nível municipal, e admitiu a possibilidade de seguir sem partido ao longo da legislatura.
“A gente vai entender como vai funcionar. Se houver a possibilidade de ficar sem partido, eu fico sem partido. Tem que ter muita calma para resolver porque tem que ser tudo juridicamente falando”, disse aos jornalistas, após sessão ordinária nesta terça-feira, 29.
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O vereador, que fazia parte do motim dos insatisfeitos com o PP, demonstrou um temor com a nova união das siglas, no entanto, afirma que não se opõe à ideia.
“Eu aceito. Eu acho bacana. Mas, a nível de futuro, você tem que pensar a política do hoje para ver o que você pode fazer amanhã”, declarou.
E insistiu na possibilidade de deixar a sigla. “Estou tomando essa iniciativa, vendo o que eu posso fazer, porque pode haver possibilidade de saída, sim. Eu posso sair e vou ter um tempo para escolher qual partido eu vou”.
O legislador também demonstra que será estratégico em relação à federação devido às incertezas políticas apresentada na novidade.
“Eu não sei como esse partido vai ser organizado. Se eu ver e perceber que não dá para mim, eu vou tirar o meu time de campo, mas tudo organizado”
Candidatura a deputado federal
Como já noticiou o Portal A TARDE, o progressista é um dos vereadores que pode concorrer a vaga de deputado federal nas eleições de 2026.
Questionado se a federação poderia dificultar as suas chances para o Congresso Nacional, o edil disse: “A gente tem que fazer conta, né? Eu não quero servir de escada para ninguém, eu não vim aqui para servir de escada”.
Apesar de ser o vereador mais votado da cidade, com mais 36 mil votos, o progressista diz que entrou para a política para fazer história e menciona as dificuldades para conquistar voto dos eleitores.
“Eu vim aqui para fazer história, de escada nunca, chega disso. A conversa aqui agora é outra, pelo menos comigo. Quando a gente vai para rua, para pedir voto, a coisa é outra. O voto não é tão fácil assim”, declarou.
Quando disputou pela primeira vez o espaço, Jorge Araújo ficou na primeira suplência do partido com 32 mil votos.
Entenda janela partidária
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) diz que apenas candidatas e candidatos eleitos em pleitos proporcionais e que estão no último ano do mandato podem trocar de partido sem perder o cargo. Em 2024, apenas os mandatos de vereador estão prestes a terminar e, por isso, a norma vale somente para esse cargo político.
Em 2026, a regra valerá apenas para deputados estaduais e federais, que vão concorrer à reeleição.
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