POLÍTICA
Sem citar Trump, Lula sobe o tom contra extremismo; veja
Presidente participa de cúpula sobre democracia
Por Cássio Moreira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que cumpre agenda internacional no Chile, fez um discurso em defesa da democracia, ao lado de outros chefes de Estado, nesta segunda-feira, 21. Sem citar o americano Donald Trump, o petista subiu o tom contra o que considera 'extremista' e fez um chamado a todos os setores da sociedade.
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Lula, que participa da cúpula sobre a democracia, afirmou que alguns movimentos de cunho extremistas tentam avançar com práticas intervencionistas contra outras nações. A fala ocorreu no momento em que o Brasil vive um conflito comercial com os Estados Unidos, após o presidente Donald Trump impor, alegando motivações políticas e judiciais, uma tarifa de 50% nos produtos brasileiros exportados.
"Neste momento em que o extremismo tenta reeditar práticas intervencionistas, precisamos atuar juntos. A defesa da democracia não cabe somente aos governos. Requer participação ativa da academia, dos parlamentos, da sociedade civil, da mídia e do setor privado", disparou Lula.
Entenda o tarifaço
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no início do mês que o país passaria a cobrar uma tarifa de 50% dos produtos brasileiros exportados. A decisão, segundo o chefe da Casa Branca, é uma retaliação ao que ele aponta como uma perseguição da justiça ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem é próximo.
“A forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional”, afirmou o presidente americano em carta endereçada ao Brasil.
Visto de Alexandre de Moraes
Após ordenar a operação da Polícia Federal que culminou na instalação de uma tornozeleira eletrônica no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal, teve seu visto de acesso aos Estados Unidos revogado pelo governo americano.
Secretário de Estado da Casa Branca, Marco Rubio, afirmou que Trump "deixou claro" que não deixará de resposabilizar 'censores' estrangeiros, e reforçou a ideia de que Bolsonaro é vítima de um processo de perseguição.
“O presidente Trump deixou claro que seu governo responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos”, escreveu Rubio em publicação no X, antigo Twitter.
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