Retrospectiva 2024: Bruno alcança vitórias e Câmara tem maior renovação

O ano de 2024 foi marcado por promessas, alianças e projetos de lei que saíram do papel e ganharam forma na política soteropolitana, tanto no Poder Legislativo quanto no Executivo. Em um ano eleitoral diferente, com dificuldade para os dois lados, a queda de braço se acirrou nas ruas e no Plenário Cosme de Farias.

Próximo ao início de 2025, quando um novo ciclo político se desenhará, o Portal A TARDE traz um resumo dos principais acontecimentos da política soteropolitana que marcaram o ano de 2024.

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Confira:

No primeiro mês do ano, período de recesso político, as bênçãos ficaram por conta da Lavagem do Bonfim, a festa que é considerada como um termômetro político, pois mede a popularidade de um gestor, principalmente em ano de eleição municipal. A seis meses para o início da campanha eleitoral, militantes, apoiadores e políticos desfilaram pelas ruas da Cidade Baixa com suas respectivas comitivas.

Próximo ao fim da gestão e natural candidato à reeleição, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) foi alvo de uma ação movida por integrantes do PSOL por suposta campanha antecipada, após integrantes identificarem plaquinhas com o número 44 durante o cortejo.

Após o período do recesso, a política soteropolitana acordou e deu início à abertura dos trabalhos Legislativos. Como de costume, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) foi à Câmara Municipal de Salvador (CMS) realizar a leitura da mensagem do Executivo. Um dos pontos mais destacado pelo chefe do Executivo soteropolitano durante o comunicado foi a construção de um teleférico que fará a ligação do Subúrbio Ferroviário ao bairro de Pirajá.

A poucos dias para o fim do mês, a prefeitura encaminhou um pedido de empréstimo milionário à Câmara Municipal para serem adquiridos com o Banco Internacional destinado para a execução do projeto Salvador Social "com intuito maior de reduzir a pobreza, vulnerabilidade e a desigualdade social”.

O prefeito Bruno Reis também foi protagonista de um movimento, considerado como reparação histórica no bairro do Comércio. Isso porque ele sancionou a lei que alterou o nome da praça Visconde Cayru para praça Maria Filipa, que faz referência à marisqueira e heroína da Independência do Brasil na Bahia.

O quarto mês do ano foi marcado por alianças e entrega de mobilidade para a capital baiana. Com atraso, o prefeito Bruno Reis (União) fez a entrega do segundo trecho do BRT de Salvador, promessa do antigo governo. A nova linha faz ligação entre a Cidade Jardim e a Estação Lapa. O ato contou com a presença de representantes dos governos federal e estadual.

Sem querer escancarar a sua eventual pré-candidatura à reeleição de Bruno Reis, os movimentos para que houvesse uma coligação de partidos sólidos em sua base de apoio aconteciam nos bastidores desde o mês de fevereiro, quando os trabalhos foram realmente retomados.

No mês de abril, a então possibilidade de Bruno sair candidato à reeleição começava a tomar forma com o anúncio do apoio do PL, partido ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ao seu nome, durante uma reunião da Executiva, no último dia do mês.

Legislativo

Já na Câmara Municipal de Salvador, o mês foi de aprovação para os projetos do Executivo, entre eles, está o pedido de empréstimo de quase R$ 600 milhões com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) destinado para o programa Salvador Social, administrado pela Secretaria Municipal de Combate à Pobreza, Esporte e Lazer (Sempre).

Em meio à polêmica sobre a venda de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais, a Casa Legislativa soteropolitana se debruçou sobre o debate do tema de uma lei já sancionada pelo prefeito Bruno Reis, proposta pelo vereador Carlos Muniz (PSDB), que também preside o Legislativo.

Os vereadores, então, aprovaram o projeto de lei que proíbe o uso de sacolas plásticas não recicláveis nos empreendimentos no mês de maio.

Cumprindo o rito governamental, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) encaminhou à CMS o projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício de 2025-2027 antes do recesso de meio do ano. A proposta previu uma receita de R$ 12 bilhões nos cofres públicos, levando em conta os índices do Produto Interno Bruto (PIB) de 2%, o Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 3,51% e a taxa SELIC de 8,5%.

Brigas e desentendimentos

O Plenário da Câmara, por muitas vezes, cheios, presenciou a fúria e os lamentos de alguns vereadores durante o mês de junho, um mês antes do início da campanha eleitoral. Com os ânimos à flor da pele, o mês foi marcado pelo bate-boca do vereador Anderson Ninho (PDT) com o líder do governo, Kiki Bispo (União Brasil).

A um passo de chegar às vias de fato, o pedetista fez diversas acusações contra o aliado sobre uma suposta tentativa de “invasão” da base eleitoral, o qual Ninho disse pertencer, nos bairros de Castelo Branco e Dom Avelar.

Dias após a primeira confusão, a segunda guerra foi entre o vereador Átila do Congo (Patriota) e a bancada feminina da casa legislativa. As vereadores se levantaram contra o edil após o Patriota chamar as mulheres que denunciam agressões físicas de “irresponsáveis”.

Do outro lado da rua, no Executivo municipal, o prefeito Bruno Reis vivia a tensão de vésperas da campanha eleitoral. No mês de junho, o gestor municipal resolveu colocar fim nas incertezas e anunciou publicamente que estaria no jogo eleitoral, lançando a sua pré-candidatura ao Palácio Thomé de Souza.

Em julho, o segundo semestre se inicia com o cortejo ao 2 de Julho, em mais um teste de popularidade para o prefeito Bruno Reis e para os vereadores e postulantes à Câmara Municipal. O mês foi marcado também pela fiscalização intensa dos vereadores aos laudos dos planos inclinados de Salvador, após pane que deixou equipamento sem funcionar devido às chuvas e a reabertura dos trabalho legislativo após o recesso de meio do ano.

Já o mês de agosto foi de poucas sessões na Câmara e preparativos para o início oficial da campanha eleitoral, em setembro. Nas poucas sessões ordinárias com quórum suficiente, os vereadores discutiram a fiscalização aos empréstimos consignados adquiridos pela prefeitura.

Com o início da campanha eleitoral, os vereadores e candidatos ao Legislativo, assim como o prefeito Bruno Reis, dedicaram suas agendas às visitas aos bairros e eventos junto ao setor privado em busca de votos.

O mês também foi marcado pelo início dos debates televisivos, como o debate da Band, com os candidatos à Prefeitura. Bruno Reis, Kleber Rosa e Geraldo Júnior travaram embates sobre propostas para Salvador.

Outubro foi o mês das eleições, marcado pela vitória acachapante do prefeito Bruno Reis 78% dos votos para o segundo mandato na Prefeitura de Salvador.

Na Câmara, houve uma renovação de 16 novos vereadores, tendo o União Brasil, partido do prefeito reeleito, Bruno Reis, conquistado o maior número de cadeiras. O comunicador Jorge Araújo (PP) foi o mais votado com 36.056 votos, seguido pelo presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), com 24.040.

Os dois últimos meses do ano se resumiram às negociações partidárias por espaços nos governos municipal e estadual, além da diplomação pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Na Prefeitura, Bruno Reis prometeu uma reforma administrativa que alcance todos os partidos que estiveram com ele durante o período eleitoral. Vereadores da base podem ganhar cadeiras no secretariado.

O Portal A TARDE chegou a antecipar a possível ida do vereador Duda Sanches para a Secult, que ainda aguarda o aval do prefeito para ser confirmada. Na Câmara, a recondução do presidente Carlos Muniz à Presidência da Casa foi referendada publicamente pela maioria dos partidos com assentos no Legislativo e em 2025 não deve ocorrer algo diferente do já acordado.