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27/12/2022 às 17:45 • Atualizada em 27/12/2022 às 19:15 | Autor: Matheus Calmon

RELEMBRE

O ano em que o setor cultural retomou as atividades presenciais

Confira os fatos mais marcantes do ano na Cultura, primeira área a interromper as atividades na pandemia

Olodum retomou as apresentações na Terça da Bênção
Olodum retomou as apresentações na Terça da Bênção -

Após dois anos se esforçando para manter vivas as tradições e atividades de forma virtual por causa da pandemia, o setor cultural viu, em 2022, o início da retomada dos eventos de forma presencial. Com a declaração de emergência global, os proffisionais da área foram os primeiros a parar para evitar a propagação da doença.

Com o avanço da vacinação e consequente redução dos números de casos e óbitos, em comparação ao registrado nos primeiros picos da pandemia, artistas, produtores e outros trabalhadores da cultura se sentiram mais à vontade (e autorizados) a retornar à normalidade.

Janeiro

Um dos primeiros eventos do ano a 'dar as caras' nas ruas foi a tradicional Terça da Bênção, no Pelourinho. O evento, comandado pelo Olodum, esteve afastado das ruas por dois anos e voltou agitando o público com clássicos e novidades, como o hit 'Lindo Demais', aposta para o ano. O repertório contou ainda com releituras inusitadas, como músicas de Legião Urbana, MPB e também algumas do próprio grupo percussivo.

Após três vetos do governo Bolsonaro e diversas negativas por parte da Fundação Nacional de Artes (Funarte) em 2021, o Festival de Jazz do Capão finalmente conseguiu a aprovação para captar recursos pela Lei Rouanet. O evento foi autorizado a arrecadar R$ 147.290 até dezembro.

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| Foto: AFP
Fevereiro

Além da morte de um dos símbolos da cultura baiana, Dona Nicinha do Samba, aos 72 anos, o segundo mês do ano foi marcado por uma polêmica com a Lei Rouanet. Em tom de deboche, o então secretário Especial da Cultura do governo Jair Bolsonaro, Mário Frias, anunciou as mudanças com uma paródia.

"Rouanet eu quero, Rouanet eu quero, na Rouanet eu quero mamar, me dá dinheiro, me dá dinheiro porque senão vou chorar". As mudanças desagradaram produtores culturais, que reacenderam, entre outros pontos, o desconhecimento da sociedade sobre o assunto.

Em tempos normais, este seria o mês em que foliões sairiam às ruas para se divertir na maior festa do mundo. Entretanto, pelo segundo ano consecutivo, o Carnaval não foi realizado devido à pandemia.

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| Foto: AFP

Março

Em março, a egbomi do Terreiro Ilê Axé Opô Aganju, Nancy de Souza e Silva, de 81 anos, teve a trajetória como contadora de histórias reconhecida e recebeu o título de Cidadã Soteropolitana na Câmara Municipal de Salvador. No mesmo mês que o governador da Paraíba convidou Rihanna a ter seu primeiro filho no estado, Rui Costa derrubou, na Bahia, o limite para a realização de eventos.

Também em março, aconteceu uma das polêmicas em nível hollywoodiano. Na 94ª edição do Oscar, que consagrou "No Ritmo do Coração" como o melhor filme, Will Smith, que ganhou o prêmio de melhor ator, invadiu o palco e deu um tapa no rosto do comediante Chris Rock por uma piada sobre sua esposa.

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| Foto: Reprodução | Instagram

Abril

Neste ano, a Bahia teve o 25º filho considerado imortal na Academia Brasileira de Letras. O cantor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil vestiu o fardão, foi empossado e passou a ocupar a cadeira 20 no ano que comemorou o 80º aniversário.

E com a possibilidade de retomada de eventos presenciais, houve também a volta de Feiras e Festivais. Em abril, por exemplo, aconteceu, em Cachoeira, o Festival internacional de Cinema Finisterra Film Art & Tourism Brasil Afrobarroco, evento que inseriu o Recôncavo e outras cidades baianas no roteiro internacional para produções cinematográficas e audiovisuais.

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| Foto: Reprodução | Instagram

Maio

Mesmo com espetáculos exibidos apenas virtualmente em 2021, o Prêmio Braskem de Teatro manteve sua premiação e consagrou, na 28ª edição, os melhores em categorias como espetáculo adulto, performance, texto e ator.

Maio marcou ainda o reforço da preparação para o São João, segunda maior comemoração do país, que foi realizado neste ano após passar dois anos suspenso devido à pandemia. A festa deu fim às saudades que artistas e público tinham de dançar agarradinho ao som de uma boa sanfona.

Foi em maio que o bituca, Milton Nascimento, um dos maiores nomes da MPB anunciou sua turnê de despedida dos palcos. Ele explicou que pararia de fazer shows, mas continuaria no universo da música. A "A Última Sessão de Música", inclusive, passou pela Concha Acústica do TCA.

O mês foi marcado também, além dos 50 anos de Ivete Sangalo, pelo início do que ficou conhecido como 'CPI dos sertanejos'. Tudo começou quando sertanejo Zé Neto, da dupla Zé Neto & Cristiano, alfinetou Anitta durante um show. A cantora rebateu e deu início a um debate sobre o financiamento de shows por prefeituras, o que resultou em diversas apresentações canceladas após ações dos Ministérios Públicos, inclusive na Bahia.

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| Foto: Olga Leiria | Ag. A TARDE

Junho

Após dois anos suspenso desde a primeira edição, o Festival Literário Nacional foi realizado no Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras.

O mês marcou ainda o tombamento do Okutá de Ògún, a Casa de Ogum, no Candeal, como patrimônio histórico de Salvador. O processo de tombamento começou em 2019, por meio de solicitação formulada pela Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro Ameríndia (AFA).

Em junho, também aconteceram as festas juninas de forma presencial. Ao mesmo tempo, um dos itens tradicionais da festa, o licor, foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que interditou grandes fabricantes em Cachoeira. São João e São Pedro voltaram a lotar praças de cidades por toda a Bahia. Houve, inclusive, cidade que não aguentou esperar. Em Luís Eduardo, a festa começou uma semana antes.

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| Foto: Divulgação

Julho

Após iniciativa dos coletivos "A Pombagem" e "Arte Marginal Salvador", foi inaugurada a Casa do Museu Popular da Bahia. O local funciona como um museu comunitário e um centro de referência em estudos de Artes de Rua, Educação Patrimonial e Museologia Popular.

Neste mês, um levantamento da Firjan constatou que a Bahia é o segundo estado do país com mais profissionais de cultura, com 12,2% dos trabalhadores baianos atuando formalmente nessa área, atrás apenas da Paraíba.

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Agosto

Com 331 anos de história, a Romaria de Bom Jesus da Lapa foi reconhecida como patrimônio imaterial da Bahia em reunião ordinária da Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural (CPHAAN), do Conselho Estadual de Cultura (CEC).

Na semana seguinte, o escritor e professor baiano Décio Torres Cruz foi eleito o mais novo imortal da Academia de Letras da Bahia (ALB). Ele ocupa a cadeira 19, que pertenceu ao historiador e professor Cid Teixeira.

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| Foto: Divulgação | Jonas Santana

Setembro

O primeiro festival de covers de rock nacional da Bahia reuniu artistas que reviveram shows de grandes nomes do rock clássico e do pop rock nacional e internacional na área aberta da AABB, em Piatã.

Mês de Cosme e Damião, o caruru tradicional que homenageia os erês teve aberto o processo para se tornar Patrimônio Imaterial do Estado da Bahia. Além da sessão de abertura, um caruru foi oferecido pelo presidente, em celebração.

Também em setembro, mais baianos ganharam destaque sendo indicados ao Grammy Latino, entre eles Baco Exu do Blues, Mateus Aleluia, Luiz Caldas e Targino Gondim.

E neste mês, pela primeira vez, a capital baiana recebeu uma edição da Oktoberfest, festa alemã que celebra a cultura da cerveja desde o século 19.

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| Foto: Divulgação

Outubro

O mês começou com homenagem ao mestre de capoeira Môa do Katendê, assassinado quatro anos atrás por intolerância política nas eleições, com o álbum “Raiz Afro Mãe”, disco produzido por Cynthia Kimani, com participações de artistas como Emicida, Criolo, Chico Cézar, Fabiana Cozza, Kimani, Rincon Sapiência, Edgar, BNegão, GOG, e os baianos, Leitieres Leite, Marcia Short, Lazzo Matumbi, Matheus Aleluia Filho, o grupo BaianaSystem e Luedji Luna. Entre as vozes, está ainda Jasse Mahi, filha de Môa.

Além da perda de Luiz Galvão, fundador dos Novos Baianos aos 87 anos, o mês marcou a realização do Festival Viva a Língua Portuguesa, em Salvador.

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| Foto: Reprodução | Instagram

Novembro

Após nove anos suspensa, a Bienal do Livro Bahia voltou a acontecer em Salvador, desta vez no novo Centro de Convenções.

Neste mês, o Centro Histórico de Salvador sediou a primeira edição do Festival de Cultura Popular, que teve como objetivo valorizar a produção dos municípios em torno da Baía de Todos os Santos. Também em novembro foram realizadas a 10ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) e a Flipelô 2022.

Foi em novembro que Margareth Menezes integrou o grupo técnico de Cultura do grupo de transição do governo Lula. Alexandre Frota chegou a ser anunciado, mas após pressão, decidiu renunciar.

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| Foto: Reprodução | Instagram

Dezembro

O mês marcou mais um reconhecimento literário. Maria Bethânia tomou posse na Academia Baiana de Letras da Bahia, simbolicamente, em 4 de dezembro, dia de Iansã, orixá dos ventos e das tempestades, que rege a vida da artista.

A orixá, inclusive, voltou a ser homenageada no Pelourinho no formato tradicional após dois anos sendo realizado de maneira restrita por causa da pandemia.

O ano foi encerrado com novas perspectivas para a Cultura em 2023, após Margareth Menezes aceitar o convite de Lula para comandar o Ministério da Cultura. Ela anunciou ainda o militante, advogado e presidente do bloco afro Olodum, João Jorge Rodrigues, como novo presidente da Fundação Cultural Palmares a partir de 2023.

Já Bolsonaro, perto do fim do mandato como presidente, nomeou o policial militar baiano André Porciúncula para a Secretaria Especial de Cultura, no lugar de Hélio Ferraz.

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